Após 5 anos mandante do assassinato da Irmã Dorothy é condenado

O fazendeiro Bida foi condenado a 30 anos de prisão

Na segunda-feira passada, 12, no fórum de Belém – PA, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, foi condenado a 30 anos de prisão inicialmente em regime fechado, por ter encomendado há cinco anos atrás a morte da missionária norte-americana naturalizada brasileira, Irmã Dorothy Stang. Ela foi executada com seis tiros em um assentamento em Anapu, no Pará.

Bida já havia sido condenado em 2007, também a 30 anos de prisão, mas teve direito a um novo júri. No segundo julgamento foi absolvido, porém o Ministério Público recorreu da decisão e a Justiça anulou a sentença. Desta vez não temo como ele recorrer, pela maioria dos jurados foi considerado autor do homicídio duplamente qualificado com o agravante da vítima ser pessoa idosa.

Segundo informa a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, o juiz Raimundo Moisés Flexa disse na sentença que a personalidade de Bida é "perversa e covarde" e a religiosa, por sua vez, era "uma anciã indefesa". Os atos do fazendeiro "negam a própria racionalidade humana", afirmou o magistrado a uma platéia de apoiadores de Dorothy, que rezavam de mãos dadas e comemoravam de maneira comedida.

Viltamiro é o único mandante de crime agrário a estar preso no Pará, Estado com o histórico fundiário mais violento do país. O fazendeiro está detido no Centro de Recuperação do Coqueiro, em Belém. O quinto e último réu no processo, Regivaldo Galvão, será julgado em sessão marcada para o próximo dia 30.

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